sexta-feira, 6 de outubro de 2023

catedral metropolitana n. sra. dos prazeres - Maceió - al
















 

Um comentário:

  1. Descrição: Por volta de 1611, na sesmaria de Manuel Antônio Duro, no local onde hoje se encontra a Catedral Metropolitana de Maceió (na Praça D. Pedro II, no centro da cidade), estava instalada uma capela consagrada à São Gonçalo do Amarante, que de acordo com COSTA (1981), ao que tudo indica, fazia parte do Engenho Massayó, engenho fundador da cidade, afirmando o costume colonial de instalação da capela junto à casa-grande. Em 1762, o sesmeiro Apolinário Fernandes Padilha “constituía o patrimônio de Nossa Senhora dos Prazeres, doando-lhe os terrenos de sua propriedade” (COSTA, 1981, p. 9), sendo assim modificado o padroeiro e consequentemente o nome, tornando-se em 1819 matriz da vila de Maceió.
    Antes da elevação do povoado à vila, Maceió era freguesia de Santa Luzia do Norte. A população não estava satisfeita com o vigário, então requereu ao rei a separação e criação da freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres. O primeiro pedido foi negado, e o segundo assentido
    por D. João VI, expedindo o Alvará de 9 de julho de 1819, criando então a freguesia de Nossa Senhora dos Prazeres, com sede em Maceió. Com essa emancipação, a pequena matriz ficara insuficiente para atender mais fiéis, já que o sentimento religioso se intensificou, sendo imprescindível a ampliação da edificação.
    Em 1850 a então capela de Nossa Senhora dos Prazeres foi demolida para dar lugar a atual Catedral Metropolitana de Maceió, fundada em 31 de dezembro de 1859. De acordo com MÉRO (1987) é conhecida como “Templo Imperial” pois seu chão foi pisado por D. Pedro II e Dona Tereza Cristina, no dia da sua fundação. Em 22 de novembro de 1821, foi lançada a pedra fundamental para a construção da Igreja.
    Possui linhas neoclássicas em sua fachada, como o frontão triangular, tímpano com custódia
    em alto relevo esculpida. Também possui torres quadrangulares com quatro coruchéus além de sineiras em arcos plenos, janelas com verga horizontal e imitação em arco pleno, ombreiras e gradis de ferro trabalhados. As portas em vinhático, possuem almofadas, além de vergas horizontais, ombreiras, arcos plenos, bandeiras em madeira e fingimento de colunas dóricas, com fuste liso. No governo estadual de Ernani Teixeira Bastos houve um processo de recuo da antiga escadaria, portanto esta não é original da construção.
    De acordo com MÉRO (1987), acredita-se que sua planta é de autoria do arquiteto francês Grandjean de Montigny quando veio ao Brasil através da Missão Francesa. Ainda de acordo com o autor, existem dúvidas quanto a essa planta ter sido destinada à Igreja do Livramento ou à Catedral; este autor afirma acreditar ser a da Catedral, pois seu estilo de planta condiz com o estilo do arquiteto e da fachada da mesma, porém não se sabe ao certo, pois ambas sofreram várias modificações internas.
    O altar-mor foi fabricado em cedro pelo entalhador Antônio Alves da Mota. Outras peças da Igreja, como os dois altares laterais, de São Sebastião e de São Miguel, além do Santíssimo Sacramento, foram feitos pelo entalhador Inácio de Santa Rosa. A pintura da parede também foi refeita, substituindo a marmorizada, que foi conservada apenas na Capela do Santíssimo Sacramento.

    ResponderExcluir